FTS(3) | Library Functions Manual | FTS(3) |
NOME¶
fts
, fts_open
,
fts_read
, fts_children
,
fts_set
, fts_close
—
atravessa uma hierarquia de arquivos
SINOPSE¶
#include
<sys/types.h>
#include
<sys/stat.h>
#include
<fts.h>
FTS *
fts_open
(char
* const *path_argv, int options,
int (*compar)(const FTSENT **, const FTSENT **))
FTSENT *
fts_read
(FTS *ftsp)
FTSENT *
fts_children
(FTS *ftsp,
int options) int
fts_set
(FTS *ftsp,
FTSENT *f, int options)
int
fts_close
(FTS *ftsp)
DESCRIÇÃO¶
As funções fts
são
fornecidas para a travessia de hierarquias de arquivos UNIX. Uma
visão geral simples é que a função
fts_open
() retorna um ''manipulador'' em uma
hierarquia de arquivo, que é então fornecida para as outras
funções fts.
A função
fts_read
() retorna um ponteiro para uma estrutura
que descreve um dos arquivos na hierarquia de arquivos. A
função fts_children
() retorna um
ponteiro para uma lista ligada de estruturas, cada uma das quais descreve um
dos arquivos contidos em um diretório na hierarquia. Em geral,
diretórios são visitados em dois momentos
distinguíveis: em pré-ordem (antes que qualquer um dos seus
descendentes sejam visitados) e em pós-ordem (depois que todos os
seus descendentes foram visitados). Arquivos são visitados uma vez.
É possível caminhar pela hierarquia ''logicamente'' (ignorando
ligações simbólicas) ou fisicamente (visitando
ligações simbólicas), ordenar o caminho da hierarquia
ou podar e/ou re-visitar porções da hierarquia.
Duas estruturas são definidas (inclusive via 'typedef') no arquivo de inclusão ⟨fts.h⟩. A primeira é FTS, a estrutura que representa a própria hierarquia de arquivo. A segunda é FTSENT, a estrutura que representa um arquivo em uma hierarquia de arquivos. Normalmente, uma estrutura FTSENT é retornada para qualquer arquivo na hierarquia. Nesta página de manual, ''file'' e “FTSENT structure” geralmente são intercambiáveis. A estrutura FTSENT contém pelo menos os seguintes campos, que são descritos em maiores detalhes abaixo:
typedef struct _ftsent { u_short fts_info; /* flags para a estrutura FTSENT */ char *fts_accpath; /* caminho de acesso */ char *fts_path; /* caminho raiz */ short fts_pathlen; /* strlen(fts_path) */ char *fts_name; /* nome do arquivo */ short fts_namelen; /* strlen(fts_name) */ short fts_level; /* profundidade (-1 a N) */ int fts_errno; /* errno do arquivo */ long fts_number; /* valor numérico local */ void *fts_pointer; /* valor do endereço local */ struct ftsent *fts_parent; /* diretório pai */ struct ftsent *fts_link; /* estrutura do próximo arquivo */ struct ftsent *fts_cycle; /* estrutura de ciclo */ struct stat *fts_statp; /* informação de stat(2) */ } FTSENT;
Estes campos são definidos como segue:
- fts_info
- Uma das seguintes flags que descrevem a estrutura
FTSENT retornada, e o arquivo que ela representa.
Com exceção dos diretórios sem erros
(
FTS_D
), todas estas entradas são terminais, ou seja, elas não serão re-visitadas, nem qualquer dos seus descendentes serão visitados.FTS_D
- Um diretório sendo visitado em pré-ordem.
FTS_DC
- Um diretório que causa um ciclo na árvore. (O campo fts_cycle da estrutura FTSENT será preenchida também.)
FTS_DEFAULT
- Qualquer estrutura FTSENT que representa um tipo de arquivo não descrito explicitamente por um dos outros valores fts_info.
FTS_DNR
- Um diretório que não pode ser lido. Este é um retorno de erro, e o campo fts_errno será setado para indicar o que causou o erro.
FTS_DOT
- Um arquivo denominado ‘
.
’ ou ‘..
’ que não foi especificado como um nome de arquivo parafts_open
() (vejaFTS_SEEDOT
). FTS_DP
- Um diretório sendo visitado em pós-ordem. Os
conteúdos da estrutura FTSENT
serão imutáveis a partir de quando ele foi retornado em
pré-ordem, isto é, com o campo
fts_info setado em
FTS_D
. FTS_ERR
- Este é um retorno de erro, e o campo fts_errno será setado para indicar o que causou o erro.
FTS_F
- Um arquivo regular.
FTS_NS
- Um arquivo para o qual nenhuma informação stat(2) estava disponível. O conteúdo do campo fts_statp é indefinido. Este é um retorno de erro, e o campo fts_errno será setado para indicar o que causou o erro.
FTS_NSOK
- Um arquivo para o qual nenhuma informação stat(2) foi requisitada. O conteúdo do campo fts_statp é indefinido.
FTS_SL
- Uma ligação simbólica.
FTS_SLNONE
- Uma ligação simbólica com um alvo não-existente. O conteúdo do campo fts_statp referencia a informação característica do arquivo para a própria ligação simbólica.
- fts_accpath
- Um caminho para acessar o arquivo a partir do diretório corrente.
- fts_path
- O caminho para o arquivo em relação à raiz da
travessia. Este caminho é aquele especificado para
fts_open
() como um prefixo. - fts_pathlen
- O comprimento da string referenciada por fts_path.
- fts_name
- O nome do arquivo.
- fts_namelen
- O comprimento da string referenciada por fts_name.
- fts_level
- A profundidade da travessia, numerado de -1 a N, onde este arquivo foi encontrado. A estrutura FTSENT que representa o pai do ponto inicial (ou raiz) da travessia é numerada com -1, e a estrutura FTSENT para a própria raiz é numerada com 0.
- fts_errno
- Ao retornar de uma estrutura FTSENT das
funções
fts_children
() oufts_read
() , com seus campos fts_info setados paraFTS_DNR
,FTS_ERR
ouFTS_NS
, o campo fts_errno contém o valor da variável externa errno especificando a causa do erro. Caso contrário, o conteúdo do campo fts_errno é indefinido. - fts_number
- Este campo é fornecido para o uso do programa de
aplicação e não é modificado pelas
funções
fts.
É inicializado com 0. - fts_pointer
- Este campo é fornecido para o uso de programas aplicativos e
não é modificado pelas funções
fts.
Ele é inicializado comNULL
. - fts_parent
- Um ponteiro para uma estrutura FTSENT que referencia o arquivo na hierarquia imediatamente acima do arquivo corrente, isto é, o diretório do qual este arquivo é membro. Uma estrutura-pai para o ponto de entrada inicial também é fornecido, porém somente os campos fts_level, fts_number e fts_pointer são garantidamente inicializados.
- fts_link
- Ao retornar da função
fts_children
() , o campo fts_link aponta para a próxima estrutura na lista ligada terminada em NULL dos membros do diretório. Caso contrário, o conteúdo do campo fts_link é indefinido. - fts_cycle
- Se um diretório produz um ciclo na hierarquia (veja
FTS_DC
) por causa de uma ligação sólida entre dois diretórios ou por causa de uma ligação simbólica apontando para um diretório, o campo fts_cycle da estrutura apontará para a estrutura FTSENT na hierarquia que referencia o mesmo arquivo que a estrutura FTSENT corrente. Caso contrário, o conteúdo do campo fts_cycle é indefinido. - fts_statp
- Um ponteiro para informações stat(2) para o arquivo.
Um buffer simples é usado para todos os
caminhos de todos os arquivos na hierarquia de arquivos. Portanto, os campos
fts_path e fts_accpath
são garantidamente terminados em
NULL
somente
no arquivo retornado mais recentemente por
fts_read
().
Para usar estes campos para referenciar qualquer arquivo representado por
outras estruturas FTSENT, será
necessário que o buffer de caminho seja modificado usando
informações contidas no campo information contained in that
fts_pathlen daquela estrutura
FTSENT. Quaisquer modificações deste
tipo devem ser desfeitas antes que chamadas adicionais a
fts_read
() sejam tentadas. O campo
fts_name é sempre terminado em
NULL Ns.
FTS_OPEN¶
A função fts_open
() pega um
ponteiro para uma matriz de ponteiros de caracteres, que nomeia um ou mais
caminhos criando uma hierarquia lógica de arquivos a ser atravessada.
A matriz precisa ser terminada com um ponteiro
NULL.
Há um grande número de opções,
pelo menos uma das quais ( FTS_LOGICAL
ou
FTS_PHYSICAL
) precisa ser especificada. As
opções são selecionadas
ou estão
selecionando pelos seguintes valores:
FTS_COMFOLLOW
- Esta opção faz com que qualquer ligação
simbólica especificada como um caminho raiz seja seguido
imediatamente, ou não, se
FTS_LOGICAL
é especificado também. FTS_LOGICAL
- Esta opção faz com que as rotinas
fts
retornem estruturas FTSENT para os alvos das ligações simbólicas, em vez das próprias ligações. Se esta opção é setada, as únicas ligações simbólicas para que as estruturas FTSENT sejam retornadas para a aplicação são aquelas que referenciam arquivos não existentes. TantoFTS_LOGICAL
quantoFTS_PHYSICAL
precisam ser fornecidos para a funçãofts_open.
() FTS_NOCHDIR
- Como uma otimização de performance, as funções
fts
mudam diretórios conforme eles caminham na hierarquia de arquivos. Isto tem um efeito colateral de que um aplicativo não pode confiar em ser um diretório particular qualquer durante a travessia. A opçãoFTS_NOCHDIR
desativa esta otimização, e as funçõesfts
não mudarão o diretório corrente. Note que os aplicativos não devem, por eles próprios, alterar seus diretórios correntes e tentar acessar arquivos a menos queFTS_NOCHDIR
seja especificado e os caminhos de arquivos absolutos foram fornecidos como argumentos parafts_open
(). FTS_NOSTAT
- Por padrão, estruturas FTSENT retornadas
referenciam informações características de arquivo (
o campo statp ) para cadas arquivo visitado. Esta
opção relaxa aqueles requisitos como uma
otimização de performance, permitindo que as
funções
fts
setem o campo fts_info paraFTS_NSOK
e deixem o conteúdo do campo statp indefinido. FTS_PHYSICAL
- Esta rotina faz com que as rotinas
fts
retornem estruturas FTSENT para as próprias ligações simbólicas, em vez dos arquivos-alvo para os quais eles apontam. Se esta opção é setada, as estruturas FTSENT para todas as ligações simbólicas na hierarquia são retornadas para o aplicativo.FTS_LOGICAL
ouFTS_PHYSICAL
deve ser fornecido para a funçãofts_open.
() FTS_SEEDOT
- Por padrão, a menos que sejam especificados como argumentos de
caminho para
fts_open
(), quaisquer arquivos com nome ‘.
’ ou ‘..
’ encontrados na hierarquia de arquivos são ignorados. Esta opção faz com que as rotinasfts
retornem FTSENT para eles. FTS_XDEV
- Esta opção evita que
fts
desça para diretórios que tenham um número de dispositivo diferente do arquivo da qual o descendente começa.
O argumento
compar
()
especifica uma função definida pelo usuário que pode
ser usada para ordenar a travessia da hierarquia. Ele pega dois ponteiros de
ponteiros para estruturas FTSENT como a argumentos e
deve retornar um valor negativo, zero ou um valor positivo para indicar se o
arquivo referenciado pelo seu primeiro argumento vem antes, em qualquer
ordem, ou depois do arquivo referenciado pelo seu segundo argumento. Os
campos fts_accpath, fts_path e
fts_pathlen das estruturas
FTSENT
nunca
podem ser usados nesta comparação. Se o campo
fts_info é setado para
FTS_NS
ou FTS_NSOK
, o campo
fts_statp não pode ser usado. Se o argumento
compar
() é NULL
, a
ordem de travessia do diretório está na ordem listada em
path_argv para os caminhos da raiz, e na ordem listada
no diretório para todos os demais.
FTS_READ¶
A função fts_read
() retorna
um ponteiro para uma estrutura FTSENT descrevendo um
arquivo na hierarquia. Diretórios (que são legíveis e
não causam ciclos) são visitados pelos menos duas vezes, uma
vez em pré-ordem e uma vez em pós-ordem. Todos os outros
arquivos são visitados pelo menos uma vez. (Ligações
fixas entre diretórios que não provocam ciclos, ou
ligações simbólicas para ligações
simbólicas podem fazer com que arquivos sejam visitados mais de uma
vez, ou diretórios sejam visitados mais de duas vezes.)
Se todos os membros da hierarquia foram
retornados,
fts_read
()
retorna NULL
e seta a variável externa
errno para 0. Se ocorre um erro não relacionado
a um arquivo na hierarquia, fts_read
() retorna
NULL
e seta errno
adequadamente. Se ocorre um erro relacionado a um arquivo retornado,
é retornado um ponteiro para uma estrutura
FTSENT , e errno pode ou
não ter sido setado (veja fts_info).
As estruturas FTSENT
retornadas por
fts_read
()
podem ser sobreescritas depois de uma chamada a
fts_close
() no mesmo fluxo de hierarquia de arquivo,
ou, depois de uma chamada a fts_read
() no mesmo
fluxo de hierarquia de arquivo, a menos que eles representem um arquivo do
tipo diretório, em cujo caso eles não serão
sobreescritos até que seja feita uma chamada a
fts_read
() depois que uma estrutura
FTSENT tenha sido retornada pela função
fts_read
() em pós-ordem.
FTS_CHILDREN¶
A função fts_children
()
retorna um ponteiro para uma estrutura FTSENT
descrevendo a primeira entrada em uma lista ligada, terminada em NULL, dos
arquivos no diretório representado pela estrutura
FTSENT mais recentemente retornada por
fts_read
(). A lista é ligada através
do campo fts_link da estrutura
FTSENT , e é ordenada pela função
de comparação especificada pelo usuário, se houver.
Chamadas repetidas a fts_children
() recriará
esta lista ligada.
Como um caso especial, se
fts_read
()
ainda não foi chamado para uma hierarquia,
fts_children
() retornará um ponteiro para os
arquivos no diretório lógico especificado para
fts_open
(), isto é, os argumentos
especificados para fts_open
(). Caso
contrário, se a estrutura FTSENT retornada mais
recentemente por fts_read
() não é um
diretório sendo visitado em pré-ordem, ou o diretório
não contém nenhum arquivo,
fts_children
() retorna NULL
e seta errno para zero. Se ocorre um erro,
fts_children
() retorna NULL
e seta errno adequadamente.
As estruturas FTSENT
retornadas por
fts_children
()
podem ser sobreescritas depois de uma chamada a
fts_children
(), fts_close
()
ou fts_read
() no mesmo fluxo de hierarquia de
arquivos.
Option pode ser setado para os seguintes valores:
FTS_NAMEONLY
- Somente os nomes dos arquivos são necessários. Os conteúdos de todos os campos na lista ligada de estruturas retornada são indefinidas com exceção dos campos fts_name e fts_namelen.
FTS_SET¶
A função
fts_set
()
permite que a aplicação do usuário determine um
processamento adicional para o arquivo f do fluxo
ftsp. A função
fts_set
() retorna 0 em caso de sucesso, e -1 se
ocorre um erro. Option precisa ser setado para um dos
seguintes valores:
FTS_AGAIN
- Revisita o arquivo; qualquer tipo de arquivo pode ser revisitado. A
próxima chamada a
fts_read
() retornará o arquivo referenciado. Os campos fts_stat e fts_info da estrutura serão reiniciados naquele momento, mas nenhum outro campo será alterado. Esta opção é significativa somente para o arquivo mais recentemente retornado defts_read
(). Uso normal é para visitas a diretórios em pós-ordem, onde faz com que o diretório seja revisitado (tanto em pré-ordem quanto em pós-ordem) junto com todos os seus descendentes. FTS_FOLLOW
- O arquivo referenciado precisa ser uma ligação
simbólica. Se o arquivo referenciado é o mais recentemente
retornado por
fts_read
(), a próxima chamada afts_read
() retorna o arquivo com os campos fts_info e fts_statp reinicializados para refletir o alvo das ligações simbólicas em vez da própria ligação simbólica. Se o arquivo é um daqueles mais recentemente retornados porfts_children
(), os campos fts_info e fts_statp da estrutura, quando retornados porfts_read
(), refletirão o alvo da ligação simbólica em vez da própria ligação simbólica. Neste caso, se o alvo da ligação simbólica não existe, os campos da estrutura retornada não serão alterados e o campo fts_info será setado paraFTS_SLNONE
.Se o alvo da ligação é um diretório, é feito um retorno de pré-ordem, seguido pelo retorno de todos os seus descendentes, seguido por um retorno de pós-ordem.
FTS_SKIP
- Nenhum descendente deste arquivo é visitado. O arquivo pode ser um
daqueles mais recentemente retornados por
fts_children
() oufts_read
().
FTS_CLOSE¶
A função fts_close
() fecha
um fluxo de hierarquia de arquivo ftsp e recupera o
diretório corrente para o diretório do qual
fts_open
() foi chamado para abrir
ftsp. A função
fts_close
() retorna 0 em caso de sucesso, e -1 se
ocorre um erro.
ERROS¶
A função fts_open
() pode
falhar e setar errno para qualquer um dos erros
especificados para as funções de biblioteca
open(2) e malloc(3).
A função
fts_close
()
pode falhar e setar errno para qualquer um dos erros
especificados para as funções de biblioteca
chdir(2) e close(2).
As funções
fts_read
()
e fts_children
() podem falhar e setar
errno para qualquer um dos erros especificados para as
funções de biblioteca chdir(2),
malloc(3), opendir(3),
readdir(3) e stat(2).
Além disso,
fts_children
(),
fts_open
() e fts_set
() podem
falhar e setar errno como segue:
- [
EINVAL
] - As opções eram inválidas.
VEJA TAMBÉM¶
PADRÕES¶
BSD 4.4. Espera-se que o utilitário
fts
seja incluído em uma futura
revisão de
DISPONIBILIDADE¶
Estas funções estão disponíveis em Linux desde a glibc2 (libc6). RUBENS DE JESUS NOGUEIRA <darkseid99@usa.net> (tradução) XXXXXX XX XXXXX XXXXXXXX <xxxxxxxxxx@xxx.xxx> (revisão)
16 de abril de 1994 | Debian |